quinta-feira, 30 de abril de 2009



DESBRAVADORES E FUNDADORES: Os irmãos Cassimiro de Lanna e Domingos de Lanna (1837); Francisco Alves do Valle e herdeiros (José, Jacob, Francisco e Manoel Alves do Valle e suas irmãs), Manoel Luiz de Faria, João Pinto de Oliveira, Francisco Amâncio Alves Torres, Cap. Antonio Martins Pinheiro, os Nunes de Morais, Cel. João Domingos da Silva e Joaquim José da Silveira.


DENOMINAÇÕES:

São Sebastião de Entre Rios – distrito criado pela Lei Municipal n° 146, de 3 de fevereiro de 1902 (Ponte Nova). Em 1911 pertencia ao município de Rio Casca.

Matipóo – Emancipação municipal - Lei estadual n° 843, de 7 de setembro de 1923.

Raul Soares – Nova denominação do município de Matipóo – Lei estadual n° 862, de 19 de setembro de 1924.

EXTENSÃO TERRITORIAL: 771 Km2

POPULAÇÃO RECENSEADA E ESTIMADA PELO IBGE EM 2007: 23.901 habitantes.

ELEITORES (ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2008): Sede - 10.191 eleitores; distritos e povoados - 5.695 eleitores. Total: 15.886 eleitores.


PODER LEGISLATIVO: Instalado em 20 de janeiro de 1924.

PODER JUDICIÁRIO: Comarca de Raul Soares instalada em 12 de abril de 1936.

ATIVIDADES ECONÔMICAS: Comércio, indústria, pecuária, agricultura.

AGÊNCIAS BANCÁRIAS: Banco do Brasil S/A, Caixa Econômica Federal, Banco Itaú S/A e BANCOOB.

ESCOLAS: Estaduais e municipais, ASSECRAS – Associação Educacional Comunitária de Raul Soares (Informática), Colégio Anglo, Universidade Presidente Antonio Carlos, Go – Ahed e CCA (Inglês e Espanhol), Ensino especializado: APROMAI - Associação de Proteção à Maternidade e a Infância e APAE – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais.

PROVEDORES DE INTERNET, VIA RÁDIO: Signet e Netinova.

COMUNICAÇÃO: Rádio comunitária UAI, Jornal de Raul Soares, Jornal Expressão Popular.

EVENTOS CULTURAIS E ESPORTIVOS: Carnaval (o melhor da região) - Semana Santa (com quadros vivos) - Exposição agropecuária - Campeonato de voo livre - Campeonato mineiro de jogo de damas - Campeonato Regional do Açucar (Futebol) - Jet ski no lago da usina do Emboque, Olímpíada e Festival de música, Comemoração da emancipação do município


Destaques Municipais
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Destaques Municipais


Agripino Bondi

Nasceu em Raul Soares em 2 de maio de 1932 sendo seus pais Antônio Bondi Carvalho e Maria Campos Bondi. Foi casado com Ecy Alvarenga Bondi, de Rio Casca (MG), filha de José Serra Alvarenga e Laura Flora da Cruz. Constituíram uma família com as características das melhores famílias de nossa terra.

Uma das particularidades marcantes da personalidade de Pipi, como ele era mais conhecido, foi sua discreção e coerência política. Companheiro fiel de Gerardo Grossi e Wilson Damião mereceu de ambos a mais irrestrita e total confiança. Trabalhou com muito entusiasmo na campanha eleitoral de 1988 podendo ser considerado um dos artífices da retumbante vitória de Wiron. Conhecedor profundo de todos os recantos de nosso município colaborou eficientemente na programação da campanha de forma que a cobertura se fizesse sem quaisquer falhas. Filiado inicialmente à União Democrática Nacional, transferiu-se para a Aliança Renovadora Nacional - Arena, em conseqüência da extinção da UDN pela revolução de 1964. Posteriormente, engajou-se no Partido Democrático Social – PDS, sucessor da Arena. E mais adiante incorporou-se ao Partido da Frente Liberal – PFL, fundado por um grupo de políticos, entre estes Aureliano Chaves e Francelino Pereira, da ex-UDN, inconformados com as diretrizes impostas ao PDS. Foi um dos fundadores do diretório do PFL de Raul Soares.

Pipi foi vereador à câmara municipal de Raul Soares sendo seu vice-presidente na legislatura 1977/1982.

Foi comerciário trabalhando no Bazar São Cristovão, de propriedade de José da silva Maia. Pela sua conduta ilibada sólidos laços de amizade o uniu à família do proprietário.

Residiu por algum tempo fora de Raul Soares à procura de novas oportunidades de trabalho e desenvolvimento no estado do Paraná.

Voltando a Raul Soares foi proprietário do Hotel Natalino tornando a casa um local de referência para todos os representantes comerciais nas suas incursões por nossa região graças à fidalguia de trato e atenção que dispensava aos seus hóspedes.

Esportista, adepto da Associação Esportiva Raulsoarense - AER, participou ativamente de todas as ações que resultaram na construção da praça de esportes da avenida Professora Elza Bacelar, uma obra realmente muito importante para o esporte e lazer da família raul-soarense que acreditou, apoiou e tornou realidade um ambicioso projeto, um sonho julgado quase que inatingível.

Faleceu em Belo Horizonte, após uma cirurgia, sendo o seu corpo sepultado no cemitério de Raul Soares.

Em dezembro/96, por sugestão do prefeito José Constantino Gonçalves, acolhida prontamente pelo presidente da câmara municipal Sr. Joaquim Mariano de Souza, e com o apoio unânime dos senhores vereadores, foi-lhe prestada uma singela homenagem dando o seu nome ao plenário de nosso legislativo perpetuando a sua memória na história de nosso município.

Autoria: José Geraldo Leal

Alonso Rocha


Graduando-se em uma conceituada escola do País o jovem farmacêutico Alonso deu continuidade ao trabalho do pai - Rufino Rocha - na cidade de Raul Soares. A Farmácia Notre Dame ganhou nova forma e durante muitos anos funcionou na Av. Benedito Valadares, uma das principais artérias da cidade.

Casando-se com dona Tereza Machado Rocha constituíram uma família modelar. O filho Tarcísio, nascido em Rio Casca, mas que viveu parte da infância em Raul Soares, onde fez o curso primário no Grupo Escola Benedito Valadares, optou pela vida religiosa sendo ordenado sacerdote e licenciado em Teologia no Vaticano. Faleceu há pouco mais de um ano sendo o seu corpo velado e depois sepultado no Cemitério da Colina, em Belo Horizonte.

Alonso envolveu-se na política municipal integrando-se ao Partido Social Democrático - PSD, influenciado pela liderança do irmão Edmundo, advogado dos mais acatados nos foros do Estado de Minas Gerais pela sua erudição e saber jurídico. Alonso, contudo, não disputou eleições como candidato, como o irmão Edmundo, vereador em Rio Casca , por ocasião da criação do município de Raul Soares, que muito deve ao seu trabalho como Presidente da Câmara Municipal de Rio Casca. Foi também vereador em Raul Soares presidindo o legislativo municipal na legislatura de 1927 a 1930. Marcou presença como um dos chefes do movimento revolucionário de 30, neste rincão da Zona da Mata de Minas Gerais, tendo como companheiros José Martha Pires e João Domingos da Silva, este também vereador e que acabou por se tornar prefeito de Raul Soares, o primeiro após a revolução de 30.

Alonso sentiu-se desprestigiado quando com o amigo e compadre José Leal, na década de 40, empenhou-se e não conseguiram a reconstrução da ponte ligando a Rua Bom Jesus a Rua de Ubá, que fora arrastada pelas águas do rio Matipó, muito aumentadas por chuvas inclementes.

Tendo que se mudar para Belo Horizonte para cuidar melhor da educação dos filhos transferiu o seu estabelecimento para o jovem farmacêutico Sebastião Mendes Barros que após um período na praça de Raul Soares transferiu-se de armas e bagagens para Governador Valadares, no Vale do Aço. Sebastião foi muito feliz em sua decisão já que na Figueira do Rio Doce tornou-se um político vitorioso tendo em vista que foi prefeito e deputado estadual pelo partido liderado pelo Governador de São Paulo e uma grande liderança nacional, Adhemar de Barros.

Em Belo Horizonte Alonso não foi muito feliz na sua primeira iniciativa. Contava que fora ludibriado em uma transação ficando somente com um telefone como resultado da negociação para se lançar no mercado da capital. Contudo, mais adiante, firmou-se e para explorar o prestígio comercial das firmas americanas fundou uma empresa de distribuição de ferramentas e outros produtos para mecânica denominado-a SOUTHERN CROSS. Na sua linha de distribuição estavam os afamados abrasivos NORTON, de fabricação americana. Alonso tinha bom conhecimento do idioma inglês e por alguns meses lecionara a língua em Raul Soares, no Ginásio São Sebastião.

Autoria: José Geraldo Leal

Altivo Rodrigues de Matos

Altivo Rodrigues de Matos, ou simplesmente Altivo de Matos, foi um dos mais atuantes filhos adotivos de Raul Soares; no comércio, na indústria, na ação social, nas iniciativas da igreja católica, na atividade política. . .

Na década de 30 do século XX foi um empresário de muito prestígio na região com a firma Industrial São José, uma oficina mecânica para conserto de máquinas em geral, fundição de ferro e bronze, fabricação da máquina Vulcão para beneficiar café, engenhos de cana, moinhos para fubá, máquina para beneficiar arroz, turbinas Pelton, tubulações.

Foi agente autorizado para a venda de caminhões International, pneumáticos, correias e câmaras de ar Goodyear e Dunlop, distribuidor de querosene e gasolina Caloric, comprador e exportador de madeira.

Armazém São José, foi outra firma que fundou para a venda do cimento Cauê e de açúcar fabricado por usina de Ponte Nova, na qual tinha muitos amigos, com destaque para Acácio, um dos mais competentes técnicos do ramo em Minas Gerais.

Outra iniciativa de Altivo foi a fabricação de guaraná em uma pequena fábrica que instalou em Raul Soares.

Em 3 de dezembro de 1958 Altivo Matos inaugurou oficialmente a empresa Armazéns Gerais Matipó colocando ao serviço dos senhores fazendeiros, comerciantes e exportadores o armazenamento e conservação dos seus produtos:café, cereais, madeira etc. A inauguração do estabelecimento foi prestigiada com a presença de empresários e autoridades. Em palavras eloquentes o senhor Antonio Barcelos, gerente do Banco do Brasil S/A, congratulou-se pela iniciativa.

No inicio da construção da nova igreja matriz de Raul Soares, pelo padre Francisco Ermelindo Ribeiro, ao final da década de 30 (obra concluída pelo padre José Domingues na década de 50), Altivo Matos teve atuação relevante como membro da comissão encarregada do controle financeiro, da qual também participaram o Dr. Cristalino de Abreu Castro e Luiz Pereira de Lacerda.

Altivo de Matos foi um vicentino atuante empenhado na amparo ás pessoas menos favorecidas, fiel aos princípios legados por Frederico Ozanam.

Foi politicamente filiado ao Partido Social Democrático – P S D, e um entusiasta admirador de Getulio Vargas, Juscelino Kubitschek, Benedito Valadares, Israel Pinheiro, Luiz Domingos da Silva. . .

Foi um cidadão de reconhecida integridade.

Autoria: José Geraldo Leal

Amarílis Fernandes Grossi Vieira


Do pai, o festejado homem público e competente advogado - Dr. Gerardo Grossi - , Amarílis herdou agilidade de espírito na análise, e firmeza, na defesa de princípios e idéias, o poder de argumentação e convencimento, a clareza expositiva; da mãe, d. Carminha, o sexto sentido das mães, a fortaleza, em uma aparente fragilidade, o zelo e a responsabilidade na orientação aos filhos, a solidariedade e a fidelidade ao companheiro. Amarílis foi uma irmã muito amiga em uma família de seis irmãos; ela a única mulher. Para os sobrinhos uma atenção especial. incentivou e compreendeu.

A sua atuação profissional foi marcada por muita responsabilidade, abnegação e competência. foi dirigente de escola e professora. admirável o seu trabalho na Associação de Proteção à Maternidade e à Infância - Apromai. O alcance social desta entidade transcende de muito a compreensão de alguns desavisados sendo esta a única explicação para o estranho tratamento que lhe foi dado pelo poder público em um passado recente o que motivou uma reação enérgica do poder legislativo. Orientou. Abriu caminhos. Liderou. Foi responsável pela presença na Apromai da amiga pedagoga Neli Azevedo, filha do saudoso Adelino Azevedo, responsável pela contabilidade da prefeitura municipal de Raul Soares por muitos anos. Compartilharam também do trabalho na Apromai com destaque as professoras Helena Noronha, Virgínia Vieira, Helena Ferreira, amizade fraterna.

Prestou relevantes serviços à Justiça Eleitoral participando de junta escrutinadora de votos de vários pleitos.

Esteve presente à reorganização da Casa da Cultura, após um longo período de inatividade da entidade.

Rendendo-se aos desígnios de Deus aceitou com resignação e fortaleza de animo o sofrimento decorrente de insidiosa moléstia. Comovente a solidariedade de familiares e da sociedade que buscaram na oração o alento para momentos tão difíceis.

Amarílis, como ocorrera com os irmãos Ade e Júlio, nos deixou prematuramente. Sua falta, e incontáveis e insuspeitos existem neste sentido, tem se feito notar no estudo, encaminhamento e solução de muitas questões relacionadas a ações sociais de interesse para a comunidade. A conclusão: bem mais fácil seria a solução com a sua presença.

Autoria: José Geraldo Leal