segunda-feira, 27 de abril de 2009

Luiz Domingos da Silva, Dr.

Nasceu em Raul soares, em 11 de fevereiro de 1910, sendo um dos filhos do legendário cel. João domingos da silva, influente chefe político do partido republicano mineiro – o PRM de Arthur Bernardes – este o mais ilustre político da zona da mata, de todos os tempos.

Bacharel em ciências jurídicas e sociais pela Escola de Direito de Minas Gerais, Belo Horizonte (MG), exerceu a advocacia em Raul Soares e comarcas vizinhas, notabilizando-se nas lides forenses pela probidade, cultura e tirocínio profissional que lhe granjearam confiança e estima encaminhando-o à vida pública.

Foi vereador à câmara municipal de Raul Soares, líder de sua representação partidária.

Exerceu o mandato de prefeito municipal de Raul Soares, duas vezes: em 1945, nomeado pelo interventor em Minas Gerais Dr. Benedito Valadares, e eleito em 3 de outubro de 1950, em disputa com Carlito Ferreira Brandão que viria também a ser prefeito municipal de Raul Soares ao vencer as eleições municipais em 1958.

Tomou posse em 11 de fevereiro de 1951, juntamente com o vice-prefeito Doutor, José Zeferino Pires, perante a câmara municipal presidida pelo vereador José de Oliveira, sendo vice-presidente o vereador Vítor Alves de Souza e secretário o vereador Nelson Moreira. A posse dos senhores vereadores ocorreu em 31 de janeiro de 1951 em sessão solene presidida pelo exmo. Sr. Dr.José Dayrell de Lima, juiz de direito da comarca de Rio Casca, em exercício na comarca de Raul soares.

Liderou a formação do diretório municipal do partido social democrático - PSD, em Raul Soares, integrando-se ao processo de redemocratização do país sob a liderança de Benedito Valadares, Israel Pinheiro, Gustavo Capanema, Ovídio de Abreu, José Maria Algemem, Juscelino Kubitschek e outros ilustres homens públicos de nosso estado, levando o partido a sucessivas vitórias, a partir de 1945, com a eleição do general Eurico Gaspar Dutra para a presidência da república.

Na sua administração foi construída a ponte 7 de setembro, sobre o rio Matipó, inaugurada em 15 de novembro de 1951, conhecida como ponte do Belchior. Melhorou os serviços de abastecimento de água nos idos de 50 perfurando poços artesianos em terreno que adquiriu, localizado na Rua Rufino Rocha, vargem dos Faria, posteriormente destinado a garagem municipal, obra festejada com entusiasmo pela população pelos evidentes benefícios que trouxe. No seu governo foram calçadas as primeiras ruas de nossa cidade, com paralelepípedo. Adquiriu em 1952 uma área de terreno do Sr. Belchior Teixeira de Almeida, de quase vinte mil metros quadrados, para construção do matadouro municipal, com aproveitamento também, alguns anos após, para a construção da cadeia pública em convênio do município com o estado, através da secretaria da segurança pública de minas gerais.

Deputado à assembléia constituinte de 1947, empenhou-se em conferir ao exercício do honroso mandato as luzes de seu saber jurídico e experiência na vida pública.

Os anais da assembléia legislativa registram como deputado brilhante e operoso, colaborando ativa e eficazmente nos trabalhos técnicos da comissão de justiça, exercendo, posteriormente cargo de relevo na comissão executiva da assembléia constituinte.

Reconhecendo o seu valor foi nomeado diretor da Imprensa Oficial do Estado pelo governador Juscelino Kubitschek de Oliveira, permanecendo no cargo no governo do barbacenense José Francisco Bias Fortes.

Em 1957 foi indicado pelo governador José Francisco Bias Fortes, com a aprovação da assembléia legislativa, para o cargo de Ministro/Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais.

Os seus méritos de civismo, sua cultura jurídica e sua experiência nos negócios públicos com uma amplitude maior foram colocadas com sucesso a serviço dos supremos interesses do estado e do povo.

Faleceu em Belo Horizonte sendo o seu corpo sepultado no dia 13 de agosto de 1996 no cemitério parque da colina.

Está incluído na galeria dos grandes homens públicos do Estado de Minas Gerais, por uma questão de justiça e reconhecimento pelos serviços prestados ao nosso estado e à comunidade raul-soarense.

Autoria: José Geraldo leal

Um comentário:

  1. Boa tarde José Geraldo, me chamo Márcio Henrique da Silva, sou neto do Cel. João Domingos da Silva, filho do Caçula do meu avô, meu Pai Antônio Maximiano da Silva (Neguinho Domingos). Estou tentando montar minha árvore genealógica e gostaria de saber sobre meus bisavós e sobre meu avô, etc. Segue meu contato. Ficarei grato por sua atenção. @marcio_sensei Instagram. marciosensei@yahoo.com.br

    ResponderExcluir