quarta-feira, 29 de abril de 2009

Cícero Romano Pacheco


A começar do nome, o direito e a justiça estiveram presentes na vida de Cícero Romano Pacheco. A escolha do nome foi certamente a expressão da admiração dos pais a Marco Tullio Cícero, filósofo, estadista e o mais eloquente dos oradores romanos de 106-43 ac., responsável pelos eternamente célebres discursos as Verrinas, as Catilinárias e as Fillipicas.

O nosso Cícero estendeu a admiração chamando Marco Tullio, um dos filhos.

Todos eles – Cícero e filhos - intimamente ligados ao Poder Judiciário. Servidores eficientes e exemplares.

Cícero foi casado com D. Filomena Lourenço Pacheco, uma das mais brilhantes educadoras de Raul Soares. Formaram uma família, com as qualidades e virtudes peculiares às mais nobres famílias mineiras.

Tabelião em Raul Soares durante algumas décadas. Sua competência e responsabilidade profissional foi sempre reconhecida “urbi et orbi”. A aparência sisuda e severa escondia uma pessoa amena no trato, amiga e solidária.

Na sua atividade cartorial primava pela boa acolhida às partes em litígio e a sua predisposição em colaborar para o bom andamento dos processos sem fugir à rigidez das leis, normas e regulamentos pertinentes. A experiência profissional de Cícero transmitiu-se em não poucas oportunidades aos colegas do Fórum, aos advogados, juízes e promotores de justiça, sempre com a preocupação de que imperasse o bom direito e à Justiça. Foi prestimoso e valioso o seu apoio aos jovens advogados nos seus primeiros passos pelos árduos caminhos do Direito e da Justiça.

Conviveu em seu métier com grandes personalidades e profissionais do direito e da justiça, de inquestionável valor: prof. Edward Leão, Antônio Reinaldo, José Eulálio Gonçalves da Costa, José d`Aquino Leão, Jandira Lopes de Matos, serventuários da justiça como ele; os advogados Dr. Gerardo Grossi, Dr. Hugo de Aquino Leão, Dr. Edmundo Rocha, Dr.. José Grossi, Dr. José Zeferino Pires; os juízes Dr. José de Oliveira Juncal, Dr. Delcídio Menezes, Dr. Lamberto, Dr. Rubens Soares, Dr. Lindolfo Paolielo. Os promotores de justiça Dr. José Teixeira de Freitas, Dr. Mario Seabra e algumas dezenas de outros eficientes e brilhantes profissionais do Direito e da Justiça do Estado de Minas Gerais.

Amicíssimo de Wiron esteve com ele na campanha eleitoral de 70.

No descanso dos justos deve ter se rejubilado com o sucesso do amigo nas eleições de 15 de novembro de 1988.

Como todo bom brasileiro Cícero gostava de futebol torcendo em Raul Soares pelo Esporte Clube Operário.

Folião puro e autêntico, foi presença constante nos folguedos de momo.

Teve intensa vida social.

Participou da fundação da telefônica de Raul Soares S/A, juntamente com outros dezenove amigos, e foi um dos seus dirigentes. A empresa, anos após a sua fundação, foi encampada pela Telemig, para ampliação e modernização.

Fez parte da loja maçônica “Esperança no Arquiteto”.

A cidade do Rio de Janeiro foi uma das suas grandes paixões. Apesar das canseiras da viagem à cidade maravilhosa ele as fazia de bom grado com certa regularidade.

Homem de convicções políticas definidas e firmes primava, contudo, pelo respeito às opiniões divergentes razão porque convivia harmonicamente com pessoas de opiniões adversas gozando da amizade de todos.

Cícero não nasceu em Raul Soares. Porém, integrou-se de tal forma aos costumes desta terra magnânima e a convivência acolhedora de sua gente que acabou por se tornar um raul-soarense autêntico apoiando e colaborando as iniciativas e movimentos objetivando o progresso e desenvolvimento de Raul Soares.

Autoria: José Geraldo Leal

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