José Constantino Gonçalves

Nasceu na cidade de Ferros (MG), no distrito de Cubas, em 16 de junho de 1932; filho de João Daniel Gonçalves e de Joana Rosa de Alvarenga. Faleceu em 19 de abril de 2008 em Coronel Fabriciano (MG), onde foi sepultado á tarde do dia 20 de abril de 2008.

Filho de uma família pobre teve muito cedo de trabalhar para sobreviver. Foi carvoeiro, tropeiro, caminhoneiro.

Trabalhador determinado teve sucesso na vida tornando-se um fazendeiro em São Vicente da Estrela, município de Raul Soares.

Constituiu com D. Maria Nogueira Gonçalves uma família numerosa á qual deu exemplos de uma conduta ilibada na vida pública e na vida privada.

Foi lançado na política pelo saudoso Dr. Gerardo Grossi que nele viu muitas virtudes ao exercício da vida pública.

Foi eleito vereador em 1962 participando da legislatura de 1963/1966 tendo como colegas: Efetivos, o Dr. José Macário da Luz, Joaquim de Souza, João Barbosa Frade, José Saturnino Pires, Lino Pinto, José Cipriano Oliveira, José Geraldo Teles, Dr. Edmundo Teixeira Silva, Adalberto Pereira Noronha, Pedro Arbues Lopes, José Maria de Souza, Wilson Menezes, Ruymar Fernandes Pombo, José Xavier Barros Filho. Suplentes convocados: Nilo Rodrigues de Souza, José Vieira dos Anjos, Newton Francisco Maciel, José Geraldo Martins, Joaquim Mariano de Souza, Sebastião Domingos de Almeida e Miguel Moreira de Abreu. Nesta legislatura Joaquim Mariano de Souza iniciou a sua vitoriosa trajetória política como vereador em Raul Soares. José Constantino liderava a bancada governista que dava apoio ao prefeito Wilson Damião.

Nas eleições de 1973 José Constantino foi indicado candidato a prefeito pelo grupo político liderado pelo Dr. Gerardo Grossi e Wilson Damião. O seu companheiro de chapa foi o grande líder vermelhense Lino Pinto, falecido recentemente.

Vitorioso, governou o município de 1974 a 1977.

A maior realização desse seu período de governo, provavelmente tenha sido a construção do Grupo Escolar Cel. João Domingos da Silva, á Rua Rufino Rocha.

O Grupo Cel. João Domingos foi criado em 7 de julho de 1953, quando prefeito municipal o Dr. Luiz Domingos da Silva, filho do Cel. João Domingos.

Funcionou mais de duas décadas em casas alugadas: no prédio do antigo Ginásio São Sebastião, na Rua Bom Jesus, atualmente usina de leite da cooperativa; numa casa antiga da Rua Camilo de Moura e na Rua Antonio Vieira dos Santos (casa de propriedade do casal José Vantuil e D. Elzira).

Através da Lei nº 513, de 23 de fevereiro de 1967, o prefeito municipal Dr. Sotero Silveira de Souza foi autorizado a adquirir dos herdeiros e sucessores de José Luiz de Faria, João Barbosa Frade, Aristeu Cândido da Silva e outros, uma área de terreno situado á Rua Rufino Rocha, com 54,10 metros de frente e 71,70metros de fundos, ficando a prefeitura autorizada a doar a área ao Estado de Minas Gerais para a construção do Grupo Escolar Cel. João Domingos. A condição pactuada foi que em não se realizando a obra dentro do prazo de um ano o bem doado retornaria ao patrimônio municipal.

Em 8 de maio de 1974, na administração de José Constantino Gonçalves foi declarada de utilidade pública, para efeito de desapropriação amigável ou judicial, uma casa de morada em ruínas, com o respectivo terreno, ao lado da área adquirida pela prefeitura no ano de 1967.

Em 16 de maio de 1974, a Lei nº 921, autorizou ao prefeito José Constantino a doar ao Estado de Minas Gerais a área de terreno para a construção do Grupo Escolar Cel. João Domingos e a Lei nº 738, de 30 de novembro de 1974, autorizou a prefeitura a concorrer financeiramente para a construção da escola.

A obra foi então realizada na gestão do prefeito José Constantino.

Na legislatura de 1989/1992 José Constantino foi vice-prefeito de Wiron Francisco de Souza Xavier. Uma parceria política perfeita sob todos os pontos de vista.

Em 1992 José Constantino foi eleito para um novo mandato de prefeito. Teve como companheiro de chapa Paulo César Pires.

Nessa gestão ele concluiu algumas obras iniciadas na gestão anterior, como a construção da Praça da Cultura.

Através da Lei nº 1536, de 7 de junho de 1994, incorporou ao patrimônio municipal o conjunto de imóveis localizados na Avenida Elza Bacelar. Louvável trabalho conjunto com o deputado Agostinho Patrus e o ex-prefeito Wiron Francisco.

O deputado Agostinho Patrus, então presidente da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, agilizou o processo de doação dos imóveis no âmbito do legislativo o que resultou na Lei nº 10755, de 28 de maio de 1992, sancionada pelo Governador Hélio Garcia e assinada pelos Secretários Evandro de Pádua Abreu, Bonifácio José Tamm de Andrade, Roberto Lúcio Rocha Brant, Kildare Gonçalves Carvalho.

A doação dos imóveis á Prefeitura de Raul Soares, pelo Governo de Minas Gerais possibilitou ao prefeito José Constantino a realização de obras no prédio do colégio industrial para funcionamento da ETI - Escola Técnica de Informática da ASSECRAS - Associação Educacional Comunitária de Raul Soares, cedido pela Prefeitura através da Lei nº 1604, de 19 de junho de 1966; á construção da sede da APAE, conforme a Lei nº 1599, de 17 de abril de 1996 e a construção de Posto Policial, em convênio com a Secretaria de Segurança Pública de Minas Gerais, nos termos da Lei nº 1510, de 4 de novembro de 1993; á construção e regularização do funcionamento do Parque de Exposição Agropecuária Prefeito Wiron Francisco de Souza Xavier, criado pela Lei nº 1610, de 17 de setembro de 1996.

O prefeito José Constantino apoiou o Clube da Amizade na construção da sede do Núcleo do Câncer e iniciou a construção da Capela Velório autorizado pela Lei nº 1613. O prefeito Dr. Sotero Silveira de Souza acolheu a iniciativa apoiando e concluindo a obra, inaugurando-a.

O prefeito José Constantino negociou com o Banco do Brasil S/A a compra do prédio á Praça Dr. Durval Grossi nº 16, autorizado pela Lei nº 1612/1966, com dois objetivos: a manutenção da Agência do Banco do Brasil em Raul Soares, num momento em que o Banco fechava agências deficitárias e a de Raul Soares era uma delas; e para atender um sonho acalentado há muitos anos pelos vereadores de Raul Soares: ter a sua sede própria.

Foi presidente da AMAPI – Associação da Microrregião do Vale do Piranga e participou ativamente das atividades da Cooperativa Agropecuária de Timóteo, no Vale do Aço, e da Cooperativa Agropecuária de Raul Soares.

Com um expressivo número de cidadãos progressistas de Raul Soares foi um dos fundadores do Lions Clube da cidade.

Uma das grandes virtudes de José Constantino, como homem público: Todas as suas contas estão aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais e pela Câmara Municipal de Raul Soares.

Autoria: José Geraldo Leal